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Pretendo caro leitor compartilhar aqui alguns passatempos e reflexões que se apoderam nessa peregrinação de nossa temporalidade. Seja sobre Deus; seja sobre o homem; seja sobre a poesia e as artes; ou mesmo sobre meras bobagens. Desejando que não sejam meras palavras (flatus vocis), mas que tais palavras de certa forma adentrem além da superfície dos seus olhos e quem sabe chegar a sua alma.

A vós poetas e artistas, pensadores e leigos, sintam-se a vontade esse espaço é vosso também.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Pensamento "desecandiante" e "desencandeado"

Pensar, dádiva dos homens, mas não deles mesmos.
Pensar, dádiva de deuses imortais aos seus mortais.
Pensar, dádiva do Deus impensável aos seus que foram pensados.

Preciso declamar sobre essa tão nobre habilidade,
mas não por ser algo simples de dizer, o pensamento que descrevo.
Sobre o pensar me vejo perante o intocável e por vezes inefável,
o pensamento.

Compreendo que o pensar não pôde, não pode, e não poderá
se abstrair de mim, de nós, dos seres mortais; porém na abstração
do meu sentir, posso assim refletir sobre o pensamento, e isto, bem,
isto me eleva mais uma vez.

Por muito, quanto mais penso, mais percebo que não é na elevação
ou altivez do mesmo, que eu me descubro. Pelo contrário, quanto mais
me rebaixo à noção de não compreensão, mais me enxergo e me descubro.

O escopo dessas singelas palavras me recorda a memória, e me mostra
que tudo isso, eu, pensamento e o que isso envolve, remete-me a Vós.
Sim, Vós o impensável que se deixa ser pensado na pequenês de sua obra,
sendo esta, eu, fruto de Vosso pensar.