Ser ateu se tornou legado de uma bandeira também religiosa. Percebendo delineações de convicções que os mesmos tendem a discordar, o ateísmo é uma forma de fé. Afinal crer no homem, crer em suas potencialidades, crer em sua força.
O argumento é simples, vejamos um jogo de xadrez jogado por um teísta e ateu: Todos dois jogam o jogo com as mesmas peças, cada qual monta sua estratégia e confiam usando a razão, um põe essa razão na possibilidade de um insight dos céus e outro põe sua razão creditada em si mesmo, o que também dependerá de um insight proveniente do mesmo lugar, a razão.
Durante o jogo, cada qual pode errar e acertar nas escolhas e também serem surpreendidos, está surpresa será creditada ou a um erro (pecado) ou a um erro (engano); ou a Deus (milagre), ou ao acaso (possibilidades remotas ou também conhecido como milagre)... Se chegarmos ao cheque-mate, caso o teísta tenha vencido, o seu deus será honrado pela bondade, caso perdido enteder-se-á à vontade dele, se o contrário, se o ateu vencer, estará convicto de suas habilidades, caso perca, seu fracasso poderá também ser motivo de aprendizado.
Cheguemos a um ponto crítico, teístas e ateus jogam o jogo de xadrez, e ao final todas as peças são postas na mesma caixa, agora permanece o mistério que a nenhum homem vivo pode ser certificado pela mera certeza cotidiana, a possibilidade de um estar certo e outro errado é o que decidirá e o que mais importará, porque ninguém ficará preso ao jogo para sempre, mas todos tendem a voltar a caixa onde as peças são guardadas.