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Pretendo caro leitor compartilhar aqui alguns passatempos e reflexões que se apoderam nessa peregrinação de nossa temporalidade. Seja sobre Deus; seja sobre o homem; seja sobre a poesia e as artes; ou mesmo sobre meras bobagens. Desejando que não sejam meras palavras (flatus vocis), mas que tais palavras de certa forma adentrem além da superfície dos seus olhos e quem sabe chegar a sua alma.

A vós poetas e artistas, pensadores e leigos, sintam-se a vontade esse espaço é vosso também.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

É possível conceber Deus?

Caro leitor, esse texto fora extraído dum diálogo entre eu e um debatedor acerca da possibilidade de concebermos o Absoluto em nossa subjetividade. Não propus A Verdade, mas sim aquilo que até então satisfaz meus questionamentos sobre o assunto.


(Debatedor)
“Sua mente não consegue conceber Deus nem A Criação. Humanos não conseguem entender acontecimentos sem antecedentes cronológicos, como, por exemplo, Deus e o universo. Se Deus existe, Danilo, ele é muito mais complicado do que você pode imaginar, e seu organismo não tem a capacidade para compreendê-lo”

(Resposta)
Seria um equívoco da minha parte dizer que entendo Deus, ou que estudo Deus, como diria alguns estudiosos, Deus é mistério, Deus é Inefável, Deus é transcendente. Sem dúvida sendo Deus objetivo, como eu subjetivamente poderia conceber Deus?... O interessante é que ele não está preso ao objetivo (diferentemente de nós que estamos presos ao subjetivo), pois, o mesmo intencionalmente interfere e se revela de forma subjetiva, porque assim Ele pode fazê-lo.

A minha capacidade de relacionar fé (fides – crer) associada ao objetivo, pois, defendo que só por meio dela nós, limitados podemos imaginar o transcendente e experimentá-lo, e claro a minha razão que está associada ao meu físico empírico e subjetivo, dessa forma concebo Deus por meio da razão que a priori entende que não entende Deus em sua essência (O Absoluto), contudo concebe que tal Ser está aí, e que Ele próprio deseja se comunicar, sendo impossível para nós termos ideia de Deus, se o mesmo não revelasse que Ele é.

Sobre a questão cronológica, o tempo está relacionado à nossa subjetividade: tempo de nascer, crescer, morrer; estações; eras etc. Com certeza é difícil para a gente entender o que é ser Eterno, por exemplo, sem começo e sem fim, diferente de infinito, que começa e não acaba. Contudo dizer que não conseguimos pensar sobre o Kairós (tempo eterno), é improvável, já que nós estamos falando sobre ele, você pode não experimentá-lo aqui, e não compreender o que é viver atemporalmente, mas  entende-se que há um tempo diferente do nosso (Chronos), e, portanto, discutimos e supomos sobre tal tempo.

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