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Pretendo caro leitor compartilhar aqui alguns passatempos e reflexões que se apoderam nessa peregrinação de nossa temporalidade. Seja sobre Deus; seja sobre o homem; seja sobre a poesia e as artes; ou mesmo sobre meras bobagens. Desejando que não sejam meras palavras (flatus vocis), mas que tais palavras de certa forma adentrem além da superfície dos seus olhos e quem sabe chegar a sua alma.

A vós poetas e artistas, pensadores e leigos, sintam-se a vontade esse espaço é vosso também.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O Natal e nossas supostas verdades - in testimonium veritatis

Em nossos dias, como o nascimento de um menino a mais de dois mil anos atrás, em uma terra servil do império romano, filho de uma jovem judia e de um jovem carpiteiro judeu, poderia ter alguma significância? Qual é a importância desse evento para a cristandade? Qual seria a importância para a humanidade em si?

            Estamos tão cheios de verdades espalhadas pelo mundo, verdades essas construidas muitas vezes sobre alicerces contestáveis, fundamentos vacilantes, e que muitos aderem sem perceber se há alguma lógica, ou se realmente esses fundamentos podem ser posto a prova de uma observação minuciosa e imparcial. Talvez, uma das maiores dificuldades de hoje, seja a certeza, mas não qualquer certeza, estamos falando das “nossas” certezas, isto é, aquelas verdades que não abrimos mão por nada, e que nem sequer ousamos incomodá-la, ou investigá-la. E por não nos darmos a esse trabalho, as nossas vontades imperam em comum acordo com o egoísmo explicitado cada vez mais em nossa sociedade. Por isso, mais uma vez neste período natalino, se propõe observar essa história crida como verdade por milhões no mundo, e que nos põe em questionamento de nossas convicções e verdades.

            Estamos falando de um relato ocorrido há milênios atrás, mas que ainda assim nos impacta ou pode nos impactar de alguma forma. Pensemos um pouco, que sentido faz dar crédito a uma história tão longínqua, mas ao mesmo tempo tão contemporânea. São Lucas nos narra o nascimento do menino que conforme a tradição e credo de milhares, viera a ser o Salvador do mundo. Ele no segundo capítulo do evangelho, releta sobre uma jovem judia que carregava consigo um bebê e estava em tempos para parir, o que de fato sucedeu. O que há de extravagante nisso? A princípio nada, em consequência, tudo!

            Um grupo de pastores estavam no campo e foram surpreendidos por anjos sobre o nascimento do Salvador. Eles possivelmente já ouviram falar de anjos e coisas sobrenaturais, porém aquilo estava acontecendo com eles, simples pastores. As suas verdades possivelmente não passavam de: ovelhas, campo, gramas, leite, lã e coisas de camponeses. Possivelmente tinham verdades culturais e certezas construidas a partir do senso comum as quais eles, talvez, nunca se deram o trabalho de investigar ou questionar. Desta vez, um anjo aparecera para eles e poria a prova suas crenças. Assim diz o texto:

“Mas o anjo lhes disse, ‘Não tenham medo, pois, eu proclamo a vocês boas novas e grande alegria que será para todas as pessoas: hoje um Salvador, que é o Messias do Senhor, nasceu para vocês na cidade de Davi. Este será um sinal para vocês: vocês acharão um bebê envolto em confortável roupa e deitado em uma calha de alimentação.’” (Lucas 2:10 – 12)

O anjo não só anunciou o que ocorrera, como indicou qual caminho tomar para reconhecer o seu dito e comprová-lo. E assim sucedeu, os pastores se guiaram conforme havia dito o anjo e chegaram até o local onde estava o Deus menino. Suas convicções foram testadas e após investigarem, comprovadas.

            A mensagem da manjedoura nos pede para que por alguns instantes, deixemos de lado nossas “verdades”, ou nossos afazeres, nossa zona de conforto, e de convicções muitas vezes não investigadas ou contestadas. Ela pede para que ouçamos o que tem as nos dizer o anjo, e vejamos com os nossos próprios olhos o explendor do Salvador, que opta para que venhamos por nós mesmos contemplar o seu rosto humanizado. A manjedoura não é um local oculto, qualquer um pode chegar-se à ela, pode contemplar a face de Deus. Toda e qualquer pessoa, do menor ao maior, sejam pastores, ou reis; sejam faxineiros ou empresários bem sucedidos, tudo o que precisamos é nos dispor a irmos vê-la, investigá-la, provar por nós mesmos o que se tem dito ao longo desses séculos através da cristandade, com o coração aberto a rever nossas “verdades”. O convite a visitá-la acontece repetidamente, diariamente, e o Natal nos lembra com mais força desse convite feito pelo anjo que anunciou aos pastores de Belém, o nascimento do Salvador, que não teme em se mostrar em simplicidade. A manjedoura nos lembra que nossos extremismos, cheio de supostas verdades egoístas, sejam elas políticas, religiosas, dogmáticas, ideológicas, só nos excluem do que é dado universalmente ao homem, isto é, o Deus menino, o Salvador.


           Que Deus em sua infinita misericórdia possa nos guiar diariamente para longe de nossas prepotentes ideias e nos aproxime com humildade e sede de verdade para a manjedoura, onde Ele, o próprio Deus, tornou-se homem para que todos, através do menino Jesus, possam vê-lo e prová-lo.

Por: Danilo Reis

domingo, 2 de novembro de 2014

Ways of mine

My ways, ways of mine
So deluded, so messed
Filled with luxury and distress

My ways, I want no more
May your ways become in me very sure
Change my mistakes into righteous cause

My ways, ways of mine
Completely lifted beyond I can't hide no more
Surprisingly captivated, let me go furthermore!

Danilo Reis

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Há quatro tipos de pessoas que chegam em nossas vidas: as que chegam para ficar; as que estão só de passagem; as que convidamos para entrar, e as que convidamos para sair. ~ Danilo Reis