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Pretendo caro leitor compartilhar aqui alguns passatempos e reflexões que se apoderam nessa peregrinação de nossa temporalidade. Seja sobre Deus; seja sobre o homem; seja sobre a poesia e as artes; ou mesmo sobre meras bobagens. Desejando que não sejam meras palavras (flatus vocis), mas que tais palavras de certa forma adentrem além da superfície dos seus olhos e quem sabe chegar a sua alma.

A vós poetas e artistas, pensadores e leigos, sintam-se a vontade esse espaço é vosso também.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Eu julgo, tu julgas, nós julgamos.

A caminhada de qualquer indivíduo é um caminho de aprendizado, ou pelo menos deveria ser um caminho de aprendizado, se tal pessoa se propõe ao menos pensar o caminho que se caminha.

Uma das coisas mais concretas que ocorrerá na jornada é: as pessoas  irão julgar-te, independente se for para o bem ou para o mal, você estará sob o crivo dos olhares de outrem, isso é um fato da concretude da vida humana, ser objeto de observação de seu semelhante. O que nos cabe pensar em alguns palpites meus é: Caráter. Esta palavra, está única palavra, está repleta de significados, e tais significados são significantes porque significam de diferentes formas as vidas das pessoas.

A condição para ser julgado é simplesmente ser notado, isto é, aparecer para o outro. O caráter então dirá como será sua possível reação diante de um julgamento. Ou se assombra, ou se perturba, ou se enraivece, ou se recolhe, ou se sente medo, ou mesmo se vangloria. Nessas condições, me sinto capaz de pronunciar uma singela opinião: Se o meu caráter será sempre julgado, e tenho eu consciência límpida de quem eu sou, do que sou capaz e de como tenho agido, não devo estar “preocupado” com o julgar alheio. O critério de “bom” não pode também ser estipulado por aqueles que lhe julgam, ou seja, seus semelhantes. Eu penso que seja necessário um critério maior, soberano e perpétuo que nos conduza, uma “lei” antiga, mais antiga do que as próprias leis que regem a natureza.

Um bom critério sobre o julgamento é: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça” (Jo 7:24). Já finalizando, quero chegar a um exemplo de como agir numa situação de julgamento, para mim, a mais singela e sábia postura ao ser copiada. Cristo quando fora acusado e preso por demasiadas coisas, ele simplesmente se calou perante os néscios, não se comparando aos mesmos em suas tolices; se pronunciou simploriamente com a curiosidade dos mais sensatos; e aos humildes explanou palavras mais profundas que os fundamentos da Terra.

Penso que desejo ter tamanha sabedoria e discernimento, quando for eu a ser julgado.

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