Como não começar essa minha lamúria com algo tão clarificador como essa frase desse filósofo que tenho tanto apresso. E daí começa minha indagação, mas antes de começar a falar do que chamamos cristãos, preciso traçar um panorama mais abrangente.
Começo então por aquilo que chamo de "Tempos de Designificação", essa frase surge diante de uma "predisposição" desse momento histórico ao qual estou inserido. De verdade não sei dizer se o pós-guerra trouxe todo esse borbulhar de incertezas, ou se foi o avanço tecnológico, ou se foi a transmutação de valores que desceram do pedestal onde se encontravam e foram então instituídos novos, enfim tantas coisas possíveis dessa descaracterização de significados. E o pior é que não percebemos as implicações, na verdade aí identifico outro problema, não há percepção de nada do que se faz, na verdade depois que vem a consequência do ato já realizado e isso em todas as esferas sociais e relacionas com o orbe como um todo.
Onde chegaremos se continuarmos assim, só posso pensar que chegaremos em um abismo que será muitíssimo difícil de retornar, ou talvez impossível de retornar como no mito grego onde Orféu perde sua amada para sempre ao olhar para trás. Estamos mesmo educando algo que vivifica a humanidade, ou vemos a implantação de "verdades", ou melhor, mentiras que se tornam verdade, como a desvalorização da vida, a religiosidade científica etc...
Mas deixe-me passar agora para aqueles ditos cristãos. Disse Paul Tillich "se a mensagem cristã fosse pregada e praticada como o fizera Jesus, o cristianismo seria a salvação do mundo." (paráfrase minha), mas é óbvio que não é isso que acontece, é só dar uma olhadinha na história e veremos a quantidade de barbaridades que se acompanhou essa religião. Mas veja bem, o problema está justamente na designificação daquilo que fora ensinado, ou a simples interpretação egoistamente transposta e manipuladas para o poder sobre. Alerto ao perigo maior que esses chamados cristão correm, porque a mensagem que proclamamos (sim sou cristão), é de uma seriedade que custa a eternidade.
Portanto vejamos os paradigmas que nos acompanha e entendemos o real sentido das coisas, notemos o mundo a sua volta, vejamos as transformações e sejamos sinceros ao analisarmos esse "Tempos de Designificação".