Ouço muito em minhas conversas nessa minha peregrinação, aqueles indivíduos que costumam dizer - Deus é tão possível quanto um unicórnio. Acho interessante o princípio da dúvida, de verdade isso me fascina, duvidar! Porém, enxergo um erro por trás dessas proposições e pretendo discorrer um pouco sobre isso agora.
Possível! Esse termo é forte, mas pergunto-me “quem é de verdade a possibilidade: nós homens, ou Deus?” Adoro a ideia de que tudo isso aqui é possivelmente fantasioso, digo a realidade humana, ou o que temos como o mais real (o mundo sensível). Ah! Também aproveito a oportunidade de citar ninguém mais do que Hume quanto “aquilo que vemos é realidade enquanto minha realidade, e não podemos afirmar que tal realidade seja realmente da forma em que a percebo, mas ainda assim é real enquanto realidade para mim” (Tratado da Natureza Humana – Paráfrase de meu cunho)...
Defino Deus (que jactância a minha) como Ser (em uma perspectiva Heideggeriana) em si mesmo, ou seja, ele é tudo o que poderíamos imaginar e também o nosso inimaginável (já que somos limitados). Diante do argumento onde dizemos “Deus não passa de uma possibilidade” posso presumir que, ainda que estejamos certo quanto à inexistência de Deus, como você pode afirma que ele é uma possibilidade, se nós é que o somos ainda que ele não exista. Aristóteles já definiria potência (possibilidade de vir a ser e também predeterminação de algo ou alguém), então o que é tudo no sensível senão isso (claro em linhas empiristas àquela mais defendida e usada pelos materialistas em debates).
Se pensássemos em seres como, por exemplo, os Gnomos, bem tais seres imaginários que não podem ser nada além do fruto da imaginação humana, ainda que pudessem existir segundo a “lógica” de que Deus é tão imaginário e possível quanto um Gnomo existir, tais seres não podem se comparar a Deus, pois deles já começo com a prerrogativa de terem início - meio – fim... Daí coloque-os em qualquer lugar, menos no patamar do Altíssimo.
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